sexta-feira, 27 de julho de 2007

OLHAR


Em algum lugar deste mundo, há um doce olhar só para você...
Um olhar especial, de alguém...
Um olhar de um coração apaixonado pela vida, que sorri, porque ama plenamente, sem julgamentos, preconceitos, nem distinções.

Hoje, como ontem, e amanhã haverá esse olhar só para você...
Esse olhar leva à magia da luz, a simplicidade do perdão, a força para viver uma vida.

Hoje, de algum lugar dentro de você, alguém que já o amou muito,
e ainda o ama, lhe diz que valeu a pena ter estado aqui,
lhe mostrado o que é paz, união, amor, perdão.

Poder sentir a força que faz você sorrir e continuar o caminho...
Que um dia aquele doce olhar iniciou para você.

Tudo isso, só para você saber que a vida continua...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

VIDA

Nós acreditamos que o controle da nossa vida encontra-se totalmente nas nossas mãos. Quando deparamos com a morte de alguém que amamos é que se vê o quanto a vida nos surpreende...ou melhor o quanto a morte nos surpreende!
O quanto estamos despreparados, e não acreditamos nela.
A única certeza que sem tem na vida é que vamos morrer, mas não acreditamos...até que acontece do nosso lado, na nossa casa, na nossa família!! E aí..é arrepiante e desesperador.
O chão desaparece, a dor toma conta e os sentidos navegam para o nada...para o irreal do imaginário inexistente, ou seja, não se pensa. Parece uma anestesia. Anestesia que ajuda, o torpor da negação é uma forma de defender o medo da perda, da loucura que pode advir. Mas o acordar é doloroso, porque a razão retorna e invade nossa mente e nosso coração e a realidade se torna muito opressora. É como acordar do pesadelo e notar que não era um sonho ruim!!
Talvez o pior momento seja esse, o face a face...o realismo cru e irremediável da morte.
O que dizer diante disso? O que fazer diante disso? Não tem o que dizer, porém tem o que fazer. Esperar, se cercar de amigos, da família, de pessoas que nos fazem bem..e buscar nelas e através delas preencher o vazio que se instala.
Só pode ser assim, através de companhias que prezamos e que confiamos...e nessa horas, os amigos são nossas muletas, para nos amparar, porque estamos com as pernas amputadas, com o coração partido e com o futuro indefinido.
A solidariedade é o que restitui a lucidez e permite a aceitação, a necessidade de voltar e ser novamente o que eramos antes...de retornar a vida!
Porque a gente volta com o tempo, é necessário, estamos aqui vivos e vamos continuar até talvez fazer uma pequena viagem para São Paulo.