quarta-feira, 26 de agosto de 2009

AFINIDADES

Ter AFINIDADE é muito raro,
mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Ela existe antes do conhecimento, irradia durante e
permanece depois que as pessoas deixam de estar juntas.

AFINIDADE é ficar longe, pensando parecido a respeito dos
mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.

AFINIDADE é receber o que vem de dentro com uma aceitação
anterior ao entendimento.

AFINIDADE é um sentimento singular, discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de distância, mas é
adivinhado na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Paradoxo do Nosso Tempo

"Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais, perdemos tempo demais em relações virtuais, e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar arua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.Construímos mais computadores para armazenar maisinformação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheiro)e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua família, seus amores, seus amigos, a pessoa que lhe ama, e, aquelas que estão sempre ao seu lado."
George Carlin

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

RELACIONAMENTO

Quando a gente está na faixa dos 40 anos, já casou, separou; viveu um grande amor, que terminou, finalmente aprende a conviver consigo mesmo de uma maneira harmoniosa.
Sou minha melhor companhia, não tenho mais medo de ser sozinha, e não sentir temor da solidão me faz mais forte do que eu jamais consegui ser.
Por outro lado, me sinto só, porque continuo romântica, acredito em amor que pode ser “para sempre”.
Mesmo vendo a maioria das pessoas buscando relacionamentos descartáveis, eu procuro alguém para criar raízes.
Mas sem idealizações, não tenho sonhos inalcançáveis. Sei que relacionamento é antes de tudo uma opção.
Mais do que apenas vontade, dá trabalho! É preciso querer muito e só com parceria, cumplicidade, amor, amizade, atração e muita tolerância uma relação pode dar certo.
Além disso, só é possível se as duas pessoas têm o mesmo objetivo.
Enquanto os outros buscam a perfeição, eu busco as diferenças, as falhas, os defeitos, os vícios ocultos.
Somos todos imperfeitos e gostar de alguém pelas suas virtudes e qualidades, é fácil.
Então, faço o contrário.
Quero conhecer os defeitos, as singularidades.
Isso me atrai, a complexidade faz a diferença entre as pessoas, tornando-as únicas. Só assim podemos ver um ser humano por inteiro, suas fraquezas, seus erros, suas fragilidades.
Sem máscaras, sem decepções, sem enganos!
Sei que sou diferente, gosto de ser assim.
Os padrões impostos socialmente não regem a minha vida, embora tenha valores antigos e conceitos éticos rígidos.
A verdade é minha companheira constante, odeio mentiras!
Isso tem me custado muitos julgamentos, muitos rótulos, de pessoas que não procuram me conhecer. Preocupadas apenas com aparências, vagam perdidas em suas verdades absolutas e padronizadas.
Hoje, não me afeta esse tipo de conceito, apesar de já ter sofrido por isso, acho mais fácil encarar alguém de frente, sem medo de mostrar minhas dúvidas, minhas limitações, porque não quero alguém que me ame pela metade, apenas pelo meu lado bom.
Quero alguém que me ame por inteiro, como estou disposta a amar, mas isso exige coragem, e é uma qualidade cada vez mais rara de encontrar.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

SER DE NINGUÉM

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares,levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade,carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...

(Arnaldo Jabor)



terça-feira, 4 de setembro de 2007


AMIGOS VOCÊS SÃO MUITO ESPECIAIS!!

Por uma tela, os conheci...
Aprendi a amar, a rir e a chorar.
Aprendi a acreditar, pois deles só posso "ver"os sentimentos.
Aprendi a gostar de saber a cor, o credo, a maneira de pensar, o jeito de agir...
Doei...um pouco de mim, um pouco de tempo e até de trabalho também.
Mas, recebi muito mais!
Recebi calor humano, carinho e amor de pessoas que talvez, sem computador, nem imaginasse existir. Por força do hábito, os chamo de amigos virtuais. Virtuais? Que nada!
São tão reais quanto eu...
Ah! ... Quem me dera o mundo aprendesse essa lição, aprender a gostar sem julgar, sem buscar fatores externos ao amor e à compreensão.
Obrigada por vocês existirem!
Obrigada por serem simplesmente quem são!
Alguns amigos não conhecemos pela net, mas são tão especiais quanto os que conhecemos...
Agradeço muito por vocês estarem na minha vida, mesmo alguns não estando fisicamente ao meu lado, mas dentro do meu coração!!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Todos Os Dias Morre Um Amor


Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.

Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.

Todo dia morre um amor.
Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.

Todo dia morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso.
De saber que, mais uma vez, um amor morreu.
Porque, por mais que não queiramos aprender a vida sempre nos ensina alguma coisa.

E esta é a lição: amores morrem.
Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.
Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso.
Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, morto-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos.
Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido a não ser como lendas. E é esse amor que eu quero viver.
PARA SEMPRE!
(Autor Desconhecido)