quarta-feira, 9 de dezembro de 2009




"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela." (Anais Nin)

2 comentários:

  1. Amiga, como assim gosto de chamar-te...
    Lindo post, como todo o respeito uso a retórica do livro O PAU de Fernanda Young, ao qual estou encantada com as verdades sexuais fragilmente sentimentais do universo masculino: "A vingança é o pau duro da mulher. Retirem de uma mulher a possibilidade de se vingar e estarão acabando com sua energia pra vida."
    Logo somos fortes ao bastante para procriar um homem, sentir amorosamente ele flutuando em nossos ventres, prepara-los para o mundo, para depois tornarem-se apenas homens!! Homens que nunca saem de nossos ventres, o calor e a segurança de nossos ventres!! Pobres homens, inseguros homens... Que depois de adultos voltam a adentrarem nossos corpos delicados e seguramente firmes, um mar de trocas de prazer, um sentimento inigualável de poder!! O poder feminino de possuir e deixar-se por ser possuída!!

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  2. Oiii Dai. Adoro a Anis Nin, que capacidade de descrever os sentimentos femininos. O teu comentário está muito bom, faz um post sobre isso! Bjs

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